terça-feira, 24 de abril de 2012

"FSI - Floresta Sob Investigação no Alto Minho"





segunda-feira, 23 de abril de 2012

Fim da Seca Meteorológica!?

Post de: Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

Apesar da actual instabilidade atmosférica registada nas últimas semanas, com maior incidência no mês de Abril, Portugal, tal como o restante território da Península Ibérica, apresenta um ténue desagravamento do índice de seca.
O velho provérbio de “Abril, águas mil” pode não ser uma verdade total neste ano hidrológico, apesar dos últimos dias de precipitação, pois os dados de humidade do solo continuam a ser pobres, mesmo na região do Alto Minho.

Actualmente, podemos recorrer a uma nova ferramenta muito útil de monitorização da seca fornecida pela EUMETSAT, a qual através do satélite MetOP e o radar ASCAT  permite para além da medição da velocidade do vento, estimar a humidade do solo no planeta. O trabalho desenvolvido em parceria com o Instituto de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto da Universidade de Viena permite tratar diariamente os dados recebidos e processá-los de modo a estimar a humidade do solo a uma profundidade de 5 centímetros, os quais são disponibilizados publicamente para uma plataforma baseada no Google Earth, cuja escala de humidade varia de tons de azul (muito húmido) a castanho (muito seco).

A EUMETSAT chama a atenção que devem-se excluir as áreas urbanas, cujo erro por ruído, surgem na plataforma incorrectamente como áreas muito húmidas.

Segundo a EUMETSAT, a comparação dos conjuntos de dados ao longo dos últimos meses mostra que na Península Ibérica, estes têm sido muito secos . Os dados de anomalia (que mostram a diferença entre as estimativas reais e média) mostram que estas regiões apresentam-se são mais secas que o normal para a época.

No mês de Março, os solos secos e as condições de vento do quadrante Norte e Este, combinaram-se, gerando situações propícias a numerosos incêndios florestais no Noroeste Peninsular, uma situação atípica para esse mês. Face a esta situação anormal para o 1º trimestre do ano, o Alto Minho registou cerca de 900 ocorrências e uma área ardida de cerca de 2.650 hectares.

Segundo o Relatório de Abril sobre a Situação de Seca Meteorológica, o Instituto de Meteorologia refere o seguinte:


Se os valores da quantidade de precipitação forem muito inferiores ao normal (Cenário 1), espera-se um aumento da intensidade da situação de seca, designadamente aumentando a extensão da seca extrema: 24% em seca severa e 76% em seca extrema.
Se a quantidade de precipitação for próxima do normal (cenário 2), espera-se uma diminuição da intensidade da seca em relação a 31 de março 2012, ficando: 1% em seca fraca, 29% em seca moderada, 69% em seca severa e 1% em seca extrema.
Se a quantidade de precipitação for muito superior ao normal (cenário 3), espera-se uma diminuição significativa da intensidade da situação de seca, no entanto esta ainda se mantém em quase todo o continente, exceto na região de Sines: 2% em situação normal, 40% em seca fraca e 58% em seca moderada.
No mesmo documento de monitorização da situação, o IM procedeu à seguinte antevisão:

Tendo em conta a previsão mensal do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF), que prevê valores acima do normal, para todo o território a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, nas semanas de 16/04 a 22/04 e de 23/04 a 29/04 e nas semanas de 30/04 a 06/05 e de 07/05 a 13/05 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo, será mais provável que se mantenha a situação de seca meteorológica em Portugal Continental, no final de abril 2012, mas com um desagravamento da sua severidade, nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.

A situação em Portugal é crítica, onde a floresta poderá vir a sofrer com um verão muito difícil, semelhante ao ocorrido no ano hidrológico de 2004-2005, caso não ocorram precipitações abundantes - as tão esperadas “águas mil”.

sábado, 14 de abril de 2012

Curso de Fogo Controlado do Alto Minho

domingo, 1 de abril de 2012

GOVERNO REFORÇA MEIOS DE COMBATE A INCÊNDIOS JÁ A PARTIR DE ABRIL

Referiu ontem fonte da tutela, o reforço do dispositivo de combate a incêndios e a implementação de medidas especiais face à actual situação especial, tal como já tinha sido anunciado. A situação meteorológica atípica para a época e o elevado número de ocorrências e de área ardida levou o governo a implementar um conjunto de medidas que visam antecipar o dispositivo de defesa da floresta contra incêndios.

O governo decidiu antecipar o designado Período Crítico que terá início no dia 1 de Abril, tendo como objectivo operacionalizar os meios e recursos normalmente desencadeados a partir de 1 de Julho, em situações normais na Fase Charlie.

Igualmente, será antecipada a abertura de todos os Postos de Vigilância Fixa da Rede Nacional. Além disso, anunciou ainda o aluguer de um avião Beriev, que irá integrar o dispositivo de combate a incêndios a partir de 1 de Maio, o qual foi feito por ajuste directo, mas em condições mais favoráveis, cujo destino será a região Norte do país. Na Fase Bravo,  graças ao acordo celebrado com um conceituado organismo espanhol de estudos sobre fogos florestais (CEAFF), serão integrados no dispositivo cerca de 12 elementos de técnicos analistas de incêndios e especialistas no uso do fogo de supressão, em substituição das equipas GAUF.

A contratação deste serviço ao organismo de combate de incêndios florestais de Espanha por 3 meses, assume-se como mais vantajosa comparativamente aos custos de anos anteriores e que serão inteiramente suportados pelo Fundo Florestal Permanente”, adiantou fonte. Os técnicos espanhóis, com larga experiência nos incêndios da Grécia trabalharão em conjunto com os técnicos do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e Floresta) destacados para o combate aos incêndios.

"O Estado tem de se adaptar às circunstâncias", sustentou, salientando que dia 1 de Abril, "como prometido", as medidas especiais terão início para fazer face à situação especial que o país atravessa em matéria de incêndios florestais.

Hoje, a situação é diferente à vivida em 2003 ou 2004, onde os incêndios destruíram milhares de hectares de floresta e onde se perderam vidas humanas. Quase todos os municípios portugueses encontram-se actualmente dotados de Gabinetes Técnicos Florestais e tendo desenvolvido nestes últimos 5 anos, um conjunto de acções previstas nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, conferindo um maior conhecimento deste problema e tornando os seus técnicos mais experientes”. Planos estes que serão actualizados até Janeiro de 2013.




Fonte: JM, 01.03.2012

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