sexta-feira, 26 de julho de 2013

FIRECAMP. VÍDEO: APRESENTAÇÃO DE MARC CASTELLNOU

quinta-feira, 25 de julho de 2013

ESA PONTE DE LIMA PROMOVE CET DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS

A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, solicitou à Direcção Geral do Ensino Superior um pedido de funcionamento do Curso de Especialização Tecnológica em Defesa da Floresta contra Incêndios [CET-DFCI], curso de Nível V, prevendo-se o seu início para o próximo mês de Outubro. Com este CET, pretende-se formar profissionais e técnicos especialistas de defesa da floresta contra incêndios que, de forma autónoma ou integrado numa equipa, é capaz de realizar o planeamento operacional e a execução de acções concretas n
o domínio da Defesa da Floresta contra Incêndios, relacionadas com a prevenção, a pré-supressão, a primeira intervenção, o combate alargado, o rescaldo e a gestão pós-fogo.

PARA PARTICIPAR DESTE CURSO DEVERÁ SER PREENCHIDA A FICHA DE PRÉ-INSCRIÇÃO DO LINK: https://app.box.com/s/6zxxszkz0awffdz04mzu

As competências a adquirir visam:



  • Contribuir para sensibilizar os cidadãos da sua região de actuação quanto à prevenção de ignições, tendo em conta o universo das causas dos incêndios e contribuir para o conhecimento dessas causas em colaboração com as autoridades competentes;
  • Coordenar e executar operações de silvicultura para a prevenção de incêndios, utilizando o equipamento e as técnicas adequadas, incluindo o fogo controlado;
  • Coordenar e executar operações de manutenção de infraestruturas de DFCI, nomeadamente, faixas de gestão de combustível, caminhos e pontos de água;
  • Utilizar os diferentes instrumentos de comunicação normalmente associados à detecção e ao alerta de novos focos de incêndio;
  • Utilizar a cartografia disponível e realizar levantamentos cartográficos;
  • Coordenar e executar operações de combate a incêndios nas suas diferentes vertentes, incluindo a primeira intervenção, o combate alargado, a utilização do fogo táctico e a utilização de técnicas de rescaldo;
  • Utilizar técnicas de recuperação pós -fogo, incluindo as associadas à regeneração dos povoamentos florestais.

Público Alvo:

Técnicos de associações de produtores florestais, de serviços municipais de protecção civil, sapadores florestais, bombeiros, elementos de equipas de combate a incêndios florestais;

Contactos/Informações e envio de Inscrições:


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Trovoadas e Raios e Incêndios Florestais. Cuidados Especiais

Desenvolvido e postado por:
Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

Fonte: wildfiretoday.com
Ultimamente tem-se assistido no Norte da Península Ibérica a diversas ocorrências derivadas da trovoada, pelo que considerei importante aprofundar melhor este fenómeno atmosférico e as suas consequências em matéria de defesa da floresta contra incêndios e a segurança dos combatentes.
O risco de trovoadas em tempo quente e seco é muito elevado e, muitas vezes, estas trovoadas desenvolvem um importante aparato eléctrico que pode levar à ocorrência de incêndios florestais.

A humidade reduzida nos combustíveis florestais, provocado pelas altas temperaturas da época e a escassa pluviosidade registada no período entre o final da Primavera, Verão e início do Outono, facilitam a ignição dos combustíveis pela queda de raio.

A formação de trovoadas produzem-se frequentemente pela tarde e associada ao relevo mais montanhoso que forçam o ar a subir, pelo que nestas condições, os raios podem cair no final da tarde e durante a noite, em locais de difícil acesso (normalmente nas proximidades das vertentes). As condições de escuridão e os ventos erráticos, moderados a fortes, durante a trovoada dificultam o ataque inicial.

Outra característica importante dos incêndios provocados por queda de raio é que podem manifestar-se
Fonte: wildfiretoday.com
muitas horas depois ou inclusive após dias de ocorrer a descarga eléctrica, pois se um raio cai num dado terreno este pode gerar uma combustão lenta que manifestará mais tarde, quando as condições meteorológicas facilitem a propagação originando um incêndio florestal.

Sendo assim, após a trovoada, é importante a busca de locais onde se produziram as quedas de raios, com o fim de eliminar pontos quentes.

No caso de Vila Nova de Cerveira, o território tem vindo nos últimos três anos a assistir a ocorrências geradas por quedas de raios: duas em período diurno (2010 e 2011) e uma em período nocturno (2012), com particular incidência nas freguesias de Covas e Sapardos.

Este tipo de fenómeno atmosférico obriga à monitorização da parte dos serviços de protecção civil e de defesa da floresta (SMPC/GTF) através das cartas de seguimento de queda de raios, disponibilizadas pelas agências meteorológicas.

SEGURANÇA FACE À TROVOADA E AOS RELÂMPAGOS

http://wildfireworld.org
Todos aqueles que trabalham ou exercem uma actividade ao ar livre e, principalmente em ambientes de montanha, devem estar conscientes da potencial ameaça de ser atingido por um raio – PERIGO OBJECTIVO.

Tomando como referência Espanha, cujos dados encontram-se devidamente monitorizados desde 1941 e transcrevendo o artigo de JM Vinas, no site eltiempo, teremos um maior contacto com a realidade deste fenómeno: “Na actualidade, o número de pessoas que morre anualmente vítimas dos raios situa-se entre as 10 e as 15. Esta quantidade supera pelo menos as 10 vítimas que tínhamos durante a década de 1980 e princípios dos anos 90, devido fundamentalmente ao auge dos desportos e às actividades de ar livre (e possivelmente por uma actividade de trovoada de maiores proporções), ainda que o número é muito inferior ao registado nos anos 40, 50 e 60, em que morriam em média cerca de 70 pessoas por ano. A população naquela altura vivia maioritariamente nas zonas rurais, dedicando-se à diversidade das actividades agrícolas e silvo-pastoris.

Cerca de 30% das vítimas atingidas por raio morrem e 74% dos sobreviventes ficam com sequelas permanentes.
Mais de 70% dos óbitos por fulminação dão-se entre Junho e Agosto e 92% entre Maio e Setembro, coincidindo assim com o período de maior risco de incêndio florestal.

Estes acidentes podem ocorrer devido à ignorância, desde o comum cidadão ao combatente, de reconhecer a trovoada como um fenómeno atmosférico perigoso, pela incapacidade de reconhecer a ameaça potencial de um raio, ou a falta de conhecimento sobre as regras de segurança a ter face a este potencial perigo.

Antes que comece a queda de raios (relâmpagos)

  1. Saiba identificar a proximidade de uma trovoada pela evolução das nuvens típicas.
  2. Seja sempre consciente de quanto tempo vai demorar para alcançar um abrigo SEGURO, se uma trovoada ocorrer.
  3. Observar quando novas trovoadas começam a desenvolver-se.
  4. O serviço de protecção civil deverá observar pelos mecanismos existentes, através das cartas de monitorização de quedas de raios e comunicar a ameaça relâmpagos.
  5. Colocar observadores/vigilantes para actuarem em caso de incêndio florestal.
  6. No verão, em dias de formação de trovoadas, devem-se retirar de trabalhos no campo e em zonas elevadas antes das 16 UTC (17 horas de Portugal), pois a partir desta hora é quando se formam um maior número de trovoadas. A vigilância das equipas de combate a incêndios deverá ser realizada junto à viatura ou dentro dela, pois esta funcionará como refúgio perante a queda de raios.
  7. No caso de sentir cócegas na pele ou que o cabelo tende a ficar de pé e que os objectos metálicos de pontas metálicas (antenas de rádio) emitem um estranho zumbido, assemelhando-se ao som de uma colmeia ou produzem faíscas, então a trovoada está muito próxima. Isto significa que o ambiente onde nos encontramos transformou-se em condutor, ao ponto de gerarem-se descargas entre duas pessoas ou pessoas e objectos.
  8. Se notar algum destes sinais deverá imediatamente retirar-se para um local seguro.

Fonte: www.funnytimes.com
Quando já está a decorrer a queda de raios

Estimar a sua distância em relação ao último relâmpago usando o método denominado “flash-to-bang”: A distância da trovoada é estimada através do cálculo da diferença de tempo entre o relâmpago (luz) e o trovão (som). A velocidade do som no ar é de aproximadamente 343 m/s. Estimamos que um raio encontra-se a 1,0 km para cada 3 segundos contados. Se o relâmpago cair a menos de 8,5 km (cerca de 25 segundos de distância), devemos OBRIGATORIAMENTE e IMEDIATAMENTE deslocar-nos para um abrigo seguro, se possível. Uma vez que o raio caia a 8,5 km, o próximo relâmpago pode ocorrer onde você está, pelo que há a necessidade de procurar um local seguro antes que o raio caia mais perto. Por cada 10 segundos contados entre o trovão e o raio, devemos considerar que existe cerca de 3 km de distância entre nós e a queda do raio.

Roy Sullivan, guarda florestal dos EUA foi 7 vezes atingido por raios entre 1942 e 1976 e... não morreu!
  1. Quando fora e longe de veículos ou edifícios, procure uma floresta densa com pequenas árvores, rodeada por árvores altas. Fique longe de árvores isoladas.
  2. NUNCA começar a correr durante uma trovoada e com a roupa molhada, pois é extremamente perigoso, uma vez que criará turbulência no ar e uma zona de convecção que atrairá o raio.
  3. Não fique numa área aberta (clareira) com mais de 90 m de diâmetro.
  4. Afaste-se de todo o material metálico (ferramentas) e coloque-o a uma distância superior a 30 metros de distância.
  5. Desligue os aparelhos de rádio-comunicação e telemóveis, cujas radiações electromagnéticas podem atrair os rádios.
  6. Não se coloque em locais elevados, como um cume, cabeças e vertentes de ravinas, afloramento de rocha, ou um telhado.
  7. Não esteja na água ou num barco. Afaste-se de planos de água, pontos de água, rios e ribeiros, bem como linhas de água.
  8. Não se refugie à entrada de grutas ou de uma rocha (lapa), pois o raio pode entrar precisamente através das aberturas existentes. Somente é seguro o refúgio em grutas profundas e largas, no mínimo com um metro para cada lado.
  9. Em espaço aberto, se estiver em grupo (equipa de combatentes), afastem-se uns dos outros a distâncias superiores a 30 metros e coloquem-se em posição de segurança.
  10. Em espaço aberto (por exemplo: planalto ou campo, sem floresta) a posição de segurança recomendada é sentar-se sobre uma mochila ou impermeável, baixar a cabeça e colocar as mãos sobre os joelhos. Mantenha-se assim até passar a trovoada. Esta posição mantém a pessoa isolada e evita que sobressaia na paisagem.
  11. Evite estar próximo ou em contacto com elementos mais altos e isolados que podem ser propensos a serem atingidos por raios.
  12. Evite estar próximo ou em contacto com grandes estruturas metálicas, tais como antenas, postes ou cercas de metal.
  13. Construções metálicas com tampo em pedra ou outras estruturas não condutoras eléctricas não são locais seguros. Não toque em nada ligado à rede eléctrica, linhas telefónicas ou canalizações.
  14. A melhor opção é dirigir-se para o interior do veículo, mas não toque nos lados do veículo. Dentro do veículo, mantenha-se com os vidros fechados e feche as entradas de ar.
  15. Definitivamente, sempre que seja possível, procure refugiar-se dentro de um edifício fechado.


Se um raio alcança uma pessoa

  1. As pessoas atingidas por um raio não mantêm a descarga eléctrica, pelo que pode-se socorrer sem correr qualquer risco.
  2. Peça auxílio por telefone, chamando o 112.
  3. A pessoa atingida por raio recebe uma descarga eléctrica e pode ter queimaduras por onde o raio a atingiu e por onde a electricidade abandou o corpo. Verifique se existem queimaduras em ambas partes. As queimaduras, normalmente, devem-se procurar nos dedos das mãos e pés e em zonas de contacto com fios, medalhas, relógios, anéis, pulseiras.
  4. Se a vítima apresenta pulsação e respira, observe e cuide de outras possíveis lesões.
  5. Se a vítima está inconsciente, comprove se tem pulsação e se respira.
  6. Se tem pulsação mas não respira, aplicar a respiração boca-a-boca.
  7. Se observa que a vítima não apresenta pulsação, então entrou em paragem cardíaca, aplique de imediato a técnica de Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP). As pessoas que sofrem uma paragem cárdiorespiratória por raio, têm uma maior probabilidade de sobreviverem quando comparadas com outras causas, se se iniciarem as manobras de reanimação com prontidão.
  8. Uma descarga eléctrica pode causar danos no sistema nervoso, fracturas e perda de audição ou visão. Entre 80 a 90% das pessoas vítimas de fulminação podem sobreviver se receberem no imediato os cuidados de socorro adequados.
  9. Manter a vítima quente até à chegada da equipa de socorro.
  10. Se uma pessoa atingida por raio, aparentemente não apresenta feridas de importância, deve no entanto ser assistida por um médico para avaliar o seu estado de saúde.

terça-feira, 11 de junho de 2013

2013 Certamente com Verão diferente!

O Canal francés Metèo lançou recentemente previsões meteorológicas que indiciam fortes probabilidades de ausência da estação estival na Europa Ocidental. Refere que a propabilidade de ausência de temperaturas típicas do verão rondará cerca de 70%, pelo que segundo estas previsões poderemos viver um dos verões mais frios e húmidos dos últimos 200 anos, assemelhando-se às condições vividas no ano 1816. Outros investigadores apontam para um verão semelhante ao vivido em 2002, onde uma alteração no padrão de circulação atmosférica provocou no mês de Agosto, trovoadas e grandes inundações na Europa Central.

Os meteorologistas daquele canal francês baseiam as suas previsões nos efeitos do longo e tardio inverno deste ano que conduziu a um arrefecimento das águas dos oceanos, para além de uma débil actividade solar registada nos últimos meses, o que no conjunto poderá ter efeitos sobre o clima nos meses estivais, mais concretamente os meses de Julho e Agosto. Confirmando-se esta situação, poderemos esperar curtos períodos de acentuado calor, seguidos de períodos de trovoadas, principalmente na 2ª metade de Agosto. O mesmo canal prevê que o calor poderá produzir-se com maior probabilidade nos meses de Setembro e Outubro.

Por outro lado, as previsões estacionais realizadas pela NOAA (EUA) indicam igualmente uma considerável descida das temperaturas no território central da Península Ibérica nos meses de Junho, Julho e Agosto, bem como um ligeiro aumento dos valores da precipitação.

Se estas condições se confirmarem, então teremos para os meses de Setembro e Outubro, uma elevada carga de combustíveis florestais disponíveis e potencialmente susceptíveis, traduzindo-se num sério “final” de período crítico, podendo-se repetir a situação vivida no ano 2011 com incêndios florestais de final de época (mês de Outubro), mas mais devastadores e de maiores dimensões.

Recordamos porém que, dada a necessidade de uma maior eficiência e eficácia dos essenciais recursos financeiros para suportar o DECIF, o governo e as unidades de combate deverão adoptar medidas que visem uma maior flexibilidade e adaptabilidade dos meios envolvidos na prevenção e combate, em função das condições climatéricas, de forma a encontrarem-se melhor preparadas para os períodos que realmente justifiquem o seu accionamento em força. Com as alterações climáticas, cada vez mais presentes, a determinação rígida de um Período Crítico deixa de ter fundamentos que o sustentem, pelo que talvez num futuro muito próximo, passaremos a falar de estado permanente de prontidão e da necessidade de equipas de prevenção ao longo do ano.

Igualmente, de acordo com estas condições meteorológicas, importa o desenvolvimento de acções que visem a redução da carga de combustível e a intervenção em pontos estratégicos de gestão.

O certo é que para o mês de Junho as previsões indicam a tendência das previsões estacionais, como podemos constatar na Previsão Mensal do IPMA:
 
"Na precipitação total semanal prevêem-se valores acima do normal, para o litoral norte e centro do território, na semana de 10/06 a 16/06. Nas semanas de 03/06 a 09/06, de 17/06 a 23/06 e de 24/06 a 30/06 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo.
 

Na temperatura média semanal prevêem-se valores abaixo do normal, para todo do território, nas semanas de 03/06 a 09/06 e de 10/06 a 16/06. Nas semanas de 17/06 a 23/06 e de 24/06 a 30/06 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo."
Na verdade é que não existem dúvidas que a mudança climática encontra-se presente e os seus efeitos vão condicionar o nosso modo de vida e de actuação. Verão vai haver, provavelmente... mais tarde!

Desenvolvido e postado por:
Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Jornada sobre Incêndios Florestais no Parlamento da Catalunha. Apresentação de Marc Castellnou

Orador: Marc Castellnou, presidente da Fundación Pau Costa e analista chefe do Grupo de Actuaciones Forestales (GRAF) da Dirección General de Prevención y Extinción de Incendios y Salvamento da Generalidad de Cataluña.

Temas:
  • Objeto da jornada
  • Desafios do país face aos incendios florestais
Jornada d'incendis forestals al Parlament de Catalunya. Ponència Marc Castellnou from Pau Costa Foundation on Vimeo.

Elenco de Comandantes da Estrutura Operacional

COMANDO NACIONAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO
  • Comandante Operacional Nacional: José Manuel Moura2º Comandante Operacional Nacional: Joaquim Almeida
  • Adjunto de Operações Nacional: Marco Filipe Martins
  • Adjunto de Operações Nacional: Miguel Cruz
  • Adjunto de Operações Nacional: Carlos Guerra 
AGRUPAMENTOS DISTRITAIS DE OPERAÇÕES DE SOCORRO
  • Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Norte: Paulo Esteves
  • Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Agrupamento Centro Norte: António Ribeiro
  • Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Agrupamento Centro Sul: Joaquim Chambel
  • Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Agrupamento Sul: Elísio Oliveira
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO AVEIRO
  • Comandante Operacional Distrital: José Ricardo Bismarck
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Manuel Pinheiro 
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO BEJA
  • Comandante Operacional Distrital: Victor Cabrita
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Carlos Pica
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO BRAGA
  • Comandante Operacional Distrital: Hercílio Campos
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Victor Azevedo
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO BRAGANÇA
  • Comandante Operacional Distrital: José Bruçó
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Guilherme Mamede
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO CASTELO BRANCO
  • Comandante Operacional Distrital: Rui Esteves
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Francisco Mendes                       
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO COIMBRA
  • Comandante Operacional Distrital: Carlos Luís
  • 2º Comandante Operacional Distrital: António Oliveira
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO ÉVORA
  • Comandante Operacional Distrital: José Ribeiro
  • 2º Comandante Operacional Distrital: José Soldado 
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO FARO
  • Comandante Operacional Distrital: Vítor Vaz Pinto
  • 2º Comandante Operacional Distrital:  Abel Gomes
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO GUARDA
  • Comandante Operacional Distrital: António Fonseca
  • 2º Comandante Operacional Distrital: José António Oliveira 
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO LEIRIA
  • Comandante Operacional Distrital: Sérgio Gomes
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Luis Manuel Lopes
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO LISBOA
  • Comandante Operacional Distrital: Carlos Mata
  • 2º Comandante Operacional Distrital: André Fernandes
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO PORTALEGRE
  • Comandante Operacional Distrital: Belo Costa
  • 2º Comandante Operacional Distrito: Sílvia Félix 
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO PORTO
  • Comandante Operacional Distrital: Carlos Alves
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Sérgio Barros
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO SANTARÉM
  • Comandante Operacional Distrital: Mário Silvestre
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Luís Costa
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO SETÚBAL
  • Comandante Operacional Distrital: Patrícia Gaspar
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Rui Costa
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO VIANA DO CASTELO
  • Comandante Operacional Distrital: Armando Silva
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Daniel Simões 
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO VILA REAL
  • Comandante Operacional Distrital: Álvaro Ribeiro
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Fernando João
COMANDO DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO VISEU
  • Comandante Operacional Distrital: António César da Fonseca
  • 2º Comandante Operacional Distrital: Henrique Pereira
SUBDELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NOS CODIS:



terça-feira, 4 de junho de 2013

POSTO DE COMANDO PROATIVO

 “Se pudéssemos saber, em primeiro lugar, em que ponto nos encontramos e até que ponto avançaremos, estaríamos em melhores condições para julgar o que fazer e como fazê-lo 
Abraham Lincoln


Equipa em trabalho de análise. Fonte: blogs.pjstar.com
As forças armadas americanas introduziram um sistema de comando e controlo baseado na proatividade, denominado C4IRS: Comando, Controlo, Comunicações, Computadores, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. O C4IRS visa a coordenação, o controlo e a sincronização das ações estratégicas e táticas a serem conduzidas em diversos níveis. Este sistema opera no contexto de uma concepção identificada como Network Centric Warfare – NCW (Guerra Rede Centrica).

Semelhantemente e fazendo a analogia ao C4IRS, o combate aos incêndios florestais tem que adoptar esta concepção de Rede Centrica (oposta ao egocentrismo), a qual possibilita a partilha em simultâneo de dados e de informação entre as diferentes unidades de combate, técnicos de DFCI, autoridades, entre outros envolvidos no Teatro de Operações – sendo um factor fundamental para o incremento da qualidade da informação no Posto de Comando, o que resulta num conhecimento situacional muito mais preciso e na necessária sincronização das três funções operacionais científicos-tecnológicas básicas:
  • Sensoriamento: busca da informação sobre o relevo, condições meteorológicas, população, meios e recursos e as ameaças presentes (zonas de interface urbano-florestal, povoamentos, áreas protegidas, etc);
  • Processamento: tomada da decisão e sua implementação;
  • Atuação: extinção do incêndio – incrementando ao combate ao incêndio uma significativa agilidade, eficiência, eficácia e, essencialmente, a proatividade em todo o processo.

Fonte: bloximages.chicago2.vip.townnews.com 
Um Posto de Comando Proativo permite uma redefinição muito positiva no relacionamento entre comandos superiores e os elementos subordinados presentes. O suporte de uma equipa de análise, permite aos comandantes tomar decisões oportunas, atempadas e mais rápidas, colocar os meios, coordenar, controlar e sincronizar em melhor condições os seus efectivos, ou seja procurando colocar-se sempre em situação vantajosa em relação às ameaças presentes e previstas.

Sendo assim, o Posto de Comando Proativo possibilita aos comandantes, em todos os níveis - estratégico, operacional e tático - manter a iniciativa das ações, conservando de modo permanente, a imprescindível postura proativa requerida em qualquer plano ou situação de emergência e, muito particularmente, nos Grandes Incêndios Florestais.


Desenvolvido e postado por:
Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Combate Reativo versus Combate Proativo

Como pudemos constatar no artigo anterior, a segurança no combate aos incêndios depende do comportamento humano, igualmente a forma e o método de ataque vai depender da atitude do combatente, da equipa de combate e do comando de operações. Sendo assim, podemos distinguir dois tipos de combate aos incêndios florestais com base no comportamento humano e que vão ser determinantes na forma de alcançar o objectivo do combate – a extinção do incêndio. Realmente, a velha máxima de que “nenhum incêndio ficou por apagar” é certa, no entanto os efeitos e a dimensão da área afectada vai traduzir-se em danos, perdas e custos a curto, a médio e longo prazo e a atitude de combate é aqui fundamental.

Antes de partir para a caraterização de ambos tipos de combate aos incêndios florestais, devemos primeiro focar-nos na definição destes dois conceitos do comportamento humano:
  • Reatividade ou "reativo" é uma reação tomada frente a uma ação, ou seja, que reage que suscita reação. Sintetizando, ela simplesmente ocorre pelas vias de fato, ou seja, acontecem pois foram disparadas por uma determinada atividade ou ação.
  • Proatividade é o comportamento de antecipação e de responsabilização pelas próprias escolhas e ações frente às situações impostas pelo meio.
O prefixo "pró" significa antecipação, isto é, algo que acontece antes. Enquanto que o prefixo "re" tem 3 significados diferentes: repetição, reforço ou recuo.

O combate reativo prende-se na tomada de decisão e na atuação com base em padrões de causa e efeito. Nem sempre esperar pelo fogo num caminho será a melhor manobra, pois uma mudança inesperada do vento ou uma alteração do comportamento do fogo, intensificando-se, poderá fazer com que ele passe para o lado oposto. Uma vez passado o fogo, perante uma nova situação, terá o combatente que reagir!

O combate proativo baseia-se na antecipação aos acontecimentos, mediante o planeamento através da análise do incêndio e na definição da estratégia, procurando fazer a previsão mais ajustada ao comportamento do fogo para poder atuar.

O comportamento proativo é definido como sendo um conjunto de comportamentos extrafunções, ou seja não se prende apenas às suas funções básicas pré-definidas. Neste tipo de comportamento, um indivíduo procura de forma espontânea provocar mudanças no seu ambiente, buscando soluções e antecipando-se aos problemas. Consequentemente, o combate proativo implica a tomada de decisão atempada, visando antecipar-se a um agravamento potencial do incêndio, sendo a análise do incêndio (avaliação do comportamento do fogo presente e a sua previsão) a chave deste tipo de combate.

Foto: www.washingtonpost.com
O combate proativo não se trata do uso massivo de meios para fazer frente às chamas, sem qualquer análise
prévia ou estratégia. O combate proativo deverá implicar 3 fases obrigatórias:
1º) É necessária uma análise;
2º) É fundamental a identificação e seleção de alternativas;
3º) Obriga a uma previsão dos resultados esperados para cada cenário;

O combate proativo implica pois análise e planeamento, principalmente em Grandes Incêndios Florestais, com o fim de maximizar-se as chances de êxito e minimizar-se as chances de erros.
No combate proativo toma-se a iniciativa, mas esta por si só é apenas uma reacção e não uma acção. No entanto, se no comando de operações se proceder para além do planeamento a um questionamento positivo do processo, então o combate passa a ser proativo.

Vejamos pois um exemplo prático:

No Posto de Comando o Comandante de Operações e Socorro solicita um voluntário para fazer um mapa de progressão de um incêndio.
O Técnico do GTF imediatamente se candidata. Ora bem, este apenas demonstrou iniciativa.
A pessoa proativa para além de se oferecer como voluntária para cumprir com uma acção, sugere igualmente algo como: “Podemos utilizar o sistema de informação geográfica e colocar com exactidão as posições correctas das equipas, obtidas pelos rádios do SIRESP?” ou “Podemos imprimir os mapas de progressão actualizados e faze-los chegar a cada equipa presente no Teatro de Operações?

Outro exemplo, mais operacional:

Uma equipa de combate fica encarregue de extinguir uma frente de chamas. Esta equipa procede de acordo com o método mais tradicional, estendendo linha de mangueiras e humedecendo os combustíveis, no entanto o chefe de equipa questiona o COS: “Posso colocar 2 elementos da equipa a proceder à eliminação de pontos quentes com ferramenta manual na linha de defesa até à chegada das equipas de rescaldo?

No combate proativo, recorre-se ao questionamento planeado visando a melhoria do combate e dos resultados. Este modelo de combate permite a implementação da preparação e o consequente estado de prontidão, preferencialmente proativo, dos combatentes e técnicos envolvidos nos planeamentos e na condução das manobras, nos diversos níveis de decisão, garantindo um aumento da eficiência (não confundir com eficácia).

Desenvolvido e postado por:
Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

Equipa de Fogo Controlado em Espanha em Wildfiretoday.com

Uma das ferramentas mais importantes para a prevenção dos incêndios florestais que ameaçam as florestas espanholas é a conciliação de interesses no território. Por esta razão o MAGRAMA (Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente) levou a cabo, em coordenação com as comunidades autónomas, acções de silvicultura de prevenção de incêndios florestais, acções de sensibilização à população e o seu envolvimento nas acções visando a mesma linha de prevenção.

Em 2012, o MAGRAMA, através da constituição de 18 EPRIF e 10 BP (Brigadas de Prevenção) apoiou as comunidades na extinção de incêndios e na prevenção.

O vídeo seguinte apresenta estas importantes equipas a realizar acções de fogo controlado (queimas prescritas) e em acções de sensibilização à população rural, o qual foi publicado no site americano http://wildfiretoday.com sob o título "A prescribed fire team in Spain". Aqui fica o registo, dado o destaque pelo conceituado site e pela sua importância em divulgar internacionalmente o trabalho desenvolvido pelas EPRIF.

SPANISH Prescribed Burn Team - EPRIF from Madrid on Vimeo.

sábado, 1 de junho de 2013

Segurança nos Incêndios Florestais. Perigos Objetivos vs Perigos Subjetivos

Um incêndio florestal dá-se e condiciona um ambiente onde o combatente irá defrontar um amplo leque de perigos variados. Esse meio ambiente constitui uma série de riscos potenciais que o combatente deve e tem que conhecer para, pelo menos, preveni-los e minimizá-los.

Perigos e Riscos, contudo ambos conceitos não têm o mesmo significado! São parecidos mas essencialmente diferentes.

O Perigo constitui a fonte ou situação com potencial para provocar danos, sejam no próprio indivíduo seja no espaço físico.
  • No espaço físico: danos ao meio ambiente, em edifícios, em infraestruturas.
  • No indivíduo: lesões, doenças, ou a morte.
Entende-se por Risco a combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso.

Sendo assim, o Perigo é a fonte geradora e o Risco é a exposição a esta fonte.

Concentremo-nos pois na fonte geradora e procedendo à analogia adoptada para os perigos nos desportos de montanha, vamos proceder de igual modo para as duas tipologias de perigos nos incêndios florestais.

Perigos Objetivos
São os perigos resultantes do ambiente que nada têm a ver com o comportamento do combatente:
  • Comportamento do Fogo
  • Fumos
  • Radiação e Conveção
  • Topografia
  • Meteorologia
  • Modelos de Combustíveis
  • Desabamentos e queda de pedras
Perigos Subjetivos
São os perigos que derivam do comportamento do combatente, ou seja, provocados por ele:
A subvalorização, inconsciência e desconhecimentos dos próprios perigos, do ambiente, do meio, das circunstâncias e da segurança, mais precisamente:
  • Falta de formação
  • Proceder a uma manobra sem dominar a técnica
  • Não conhecer o território, nem saber com exactidão o local onde se encontra
  • Não renunciar a tempo do objectivo por não cumprir dentro da janela de actuação
  • Encontrar-se num incêndio sem equipamentos de comunicação
  • Falta de Equipamento de Protecção Individual (EPI)
  • Incumprimento dos Protocolos de Segurança: LACES, 10 Regras de Segurança e as 18 Situações de Perigo
  • Não levar a cabo uma alimentação adequada
  • Tentar proceder à extinção do fogo sem utilizar os meios adequados
  • Insistir numa manobra/táctica ineficaz
  • Má interpretação do comportamento do fogo
  • Desidratação
  • Meios e ferramentas em condições deficientes
  • Entre outros…
É óbvio e indiscutível que os perigos e os riscos existem no Teatro de Operações, num incêndio florestal. Estão presentes em todo o tempo, desde o foco nascente ao rescaldo, assim como na vigilância preventiva ou no pós-rescaldo. Daí que o combatente fica obrigado a uma preparação adequada, baseada na prática e o cumprimento sistemático dos protocolos de segurança devem estar sempre presentes, quer no combate aos incêndios florestais quer nas acções de queimas prescritas, para que se criem hábitos operacionais que nivelem a auto-segurança do combatente.
Daí a necessidade de não confundir a auto-confiança com auto-segurança.

Treino de procedimentos das Equipas Helitransportadas da Galiza - Base de Toen - Ourense. Foto: E. Oliveira 2012
A auto-confiança reside na capacidade de um indivíduo assumir riscos baseando –se quase exclusivamente em experiências adquiridas em momentos passados e nos meios ao seu alcance, sem que para tal exista a necessidade de nivelar de acordo com as situações que terá que enfrentar durante o combate ao incêndio florestal.
Por outro lado, a auto-segurança reside na capacidade do combatente em assumir riscos baseando-se, para além de experiências e práticas vividas, no nivelamento constante da segurança para cada tipo de perigo a enfrentar, reduzindo o efeito dos riscos.

O melhor exemplo que costumo dar nas formações é a comparação entre o condutor auto-confiante e o condutor auto-seguro. No 1º caso, em virtude da sua larga experiência sem acidentes e grande conhecedor da estrada, por ter uma boa condução, costuma conduzir sem cinto para fazer uns escassos quilómetros – a sua condução baseia-se na sua experiência de sucessos – porém o perigo encontra-se presente e com certeza não se encontra livre de um acidente mortal.
Por outro lado, no 2º caso, o condutor auto-seguro antes de iniciar a marcha coloca o cinto de segurança e com o aumento do trânsito reduz a velocidade, acende as luzes de presença e redobra a atenção. Tal facto, poderá não livrá-lo de um acidente pois o perigo está igualmente presente, contudo dado o nivelamento constante da segurança, com base no aumento do risco, eleva as probabilidades de sair ileso ou pouco afectado de um possível embate quando comparado com o condutor do 1º caso.

Práticas repetidas diariamente pelas helitransportadas. Foto: E. Oliveira 2012
A auto-confiança é inimiga no combate aos incêndios, pois não tem em conta necessidade do constante e  gradual nivelamento da segurança. Os incêndios não são todos iguais e nem um combatente está diariamente nas mesmas condições físicas e psíquicas, contudo os perigos estarão sempre presentes e os riscos poderão incrementar-se, pelo que a necessidade diária de treino de procedimentos é uma obrigação que não deve nem pode ser marginalizada em qualquer circunstância. Um elevado nível de auto-segurança de um combatente ou de uma equipa implica que estes tenham hábitos diários, por forma a que os procedimentos de segurança sejam cumpridos com rigor no momento do combate.

Nos incêndios florestais, normalmente, a auto-confiança sobrepõe-se à auto-segurança. O combate é diversas vezes executado baseando-se, quase exclusivamente, em experiências passadas e na repetição de acções quase por instinto, sem ter em consideração o conjunto de perigos objetivos e subjetivos. Hoje, mais do que nunca, os combatentes têm que estar preparados para incêndios resultantes da combinação explosiva “alterações climáticas e alterações do uso e da ocupação do solo” que dão origem a incêndios de elevada complexidade e severidade, altamente destrutivos. Logo, de pouco valerá basear-se apenas em experiências passadas, ignorando por completo o nivelamento progressivo da segurança.

Desenvolvido e postado por:
Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Verão 2013, esclarecimento

Na sequência da notícia veiculada hoje, 28 de maio de 2013, nos meios de comunicação social nacionais e internacionais de que o “Verão de 2013 será o mais frio dos últimos 200 anos na Europa Ocidental”, o IPMA esclarece que não tem conhecimento do fundamento técnico científico, suporte desta afirmação.
A previsão sazonal que o IPMA disponibiliza mensalmente em:

http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.longo.prazo/

resulta de 4 sistemas de previsão acoplados: três europeus - ECMWF, Met Office, Météo-France - e um norte americano - NCEP. Estes modelos estão sujeitos às mesmas condições de integração, sendo os parâmetros estatísticos obtidos face a um período de referência comum de 20 anos (1991-2010). Esta previsão tem um alcance de meio ano, apresentando cenários na forma de anomalias de temperatura e precipitação para conjuntos de 3 meses.

A previsão mais recente disponibilizada pelo IPMA, para o trimestre junho, julho e agosto, sugere um cenário para Portugal Continental em que a probabilidade da temperatura média ser inferior ao normal é de 40 a 60%, com uma anomalia negativa entre -0.5 e -0.2 °C. A probabilidade da temperatura média neste período ser inferior ao percentil 20 é de 30 a 40%.
Nas latitudes médias, em que Portugal se encontra, a previsão sazonal apresenta ainda um baixo grau de confiança, quando comparada com as latitudes tropicais, onde o grau de confiança é maior. Por este motivo, a previsão sazonal deve ser analisada com reservas.


MAIS INFORMAÇÃO SOBRE PREVISÕES ESTACIONAIS: CLIQUE AQUI!


segunda-feira, 27 de maio de 2013

APRESENTAÇÕES DO FIRECAMP (PDF)


DIA 14 MAIO - 3ª FEIRA


PAINEL I - O Papel da Administração Pública na Prevenção e Extinção de Incêndios Florestais

Análise de Riscos no Alto Minho, principais resultados e oportunidades. Joaquim Mamede Alonso, ESA - IPVC
As políticas intermunicipais de gestão de riscos do Alto Minho". Júlio Pereira, Secretário-Executivo da CIM – Alto Minho

A atividade intermunicipal na Defesa da Floresta Contra Incêndios - a experiência da região da Sardenha. Salvatore Cabbidu, Corpo Forestale e di Vigilanza Ambientale
 “A experiência da Galiza na Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. PLADIGA 2013. Alonso Barreiro Filgueira, Secretaría Xeral do Medio Rural e Montes, Consellería do Medio Rural e do Mar Xunta de Galicia


PAINEL II - Dispositivo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais

Avaliação do Programa de Sapadores Florestais. Manuel Rainha, ICNF
A importância do papel das Equipas de Prevenção Integrada de Incêndios Florestais (EPRIF) e das equipas de combate helitransportadas na Galiza. Santiago Couceiro López. Diretor de C. NATUTECNIA S.L.
A importância da formação especializada dos bombeiros voluntários em matéria de incêndios florestais vs a necessidade de profissionalização. José Ricardo Bismarck, 2º CODIS de Aveiro, ANPC

A avaliação do papel da primeira intervenção do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana.  Vítor Hugo Machado Lima, Capitão da GNR
A formação e a intervenção das equipas da AFOCELCA nos incêndios florestais. Avaliação dos Resultados de Intervenção. Orlando Ormazabal, Diretor Executivo da AFOCELCA.


DIA 15 MAIO - 4ª FEIRA
 

PAINEL III - A Meteorologia, a Mudança Climática e os Incêndios Florestais


O papel da Meteorologia na Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Ilda Novo, Instituto Português do Mar e da Atmosfera
A alteração climática e o surgimento dos Grandes Incêndios Florestais na Península Ibérica. Como atuar preventivamente?. Rosa Planelles, Universidade Politécnica de Madrid
Comportamento Extremo do Fogo: Interpretação e Segurança. Domingos Xavier Filomeno Carlos Viegas, Universidade de Coimbra“As gerações de incêndios e análise da estratégia de extinção”. Marc Castellnou, Analista-chefe do GRAF - Bombeiros da Catalunha, Generalitat da Catalunha. (ainda não se encontra disponível)

PAINEL IV - O Fogo como uma ferramenta na Prevenção e no Combate

A necessidade de uma Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível e as alternativas de prevenção infraestrutural. Paulo Fernandes, Laboratório de Fogos Florestais – UTAD.
 A importância do fogo controlado como ferramenta para a gestão de combustíveis. José A. Veja Hidalgo, Centro de Investigacións Forestais e Ambientais de Lourizán, Xunta de Galicia
Campbell Prediction System – uma linguagem para combatentes. Domingo Molina Terrén. Unidade de Fogos Florestais, Universidade de Lleida.
A importância do papel do documentalista e analista de incêndios florestais. Fernando Chico Zamora, Chefe da Unidade de Análise e Planificação de Incêndios Florestais, Bombeiros de Madrid
O fogo como ferramenta formativa e o fogo como recurso no combate aos incêndios florestais. François Binggeli, Espaces Méditerranées (já se encontra disponível)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Caraterização do comportamento do fogo e definição da prescrição de fogo controlado em matos de Ulex europaeus no NW português

O NW de Portugal apresenta uma das mais elevadas incidências de fogos florestais na Europa, favorecida pela elevada produtividade vegetal que o clima de influência atlântica permite e pela ocupação do território por tipos de vegetação de elevada combustibilidade, como os matos de tojo arnal (Ulex europaeus).
 
O estudo baseou-se em recolha de informação relativa ao U. europaeus como um combustível e à sua relação com o fogo, queimas controladas efetuadas no distrito de Viana do Castelo, e análise de incêndios selecionados, com o objectivo de caraterizar a variação do comportamento do fogo em condições de perigo meteorológico reduzido a moderado e definir uma janela de prescrição para o fogo controlado.
 
Os tojais no NW português caraterizam-se pela acumulação rápida de cargas elevadas de combustível total e fino, com um rácio de combustível morto/vivo elevado e porte considerável, o que potencia fogos de grande intensidade mesmo em condições meteorológicas de perigo moderado. Tal recomenda intervenções de gestão do combustível em tojais com idade pós-fogo inferior a 6 anos, que geralmente correspondem a alturas inferiores a 1m.
 
Considerando as elevadas cargas de combustível morto fino, o seu teor de humidade tem um papel muito importante na regulação da intensidade do fogo. Considerando que são desejáveis velocidades de propagação e intensidades da frente de chama reduzidas (respetivamente  0,5-1 m/min e 400-1000 kW/m), a condução do fogo em tojal deverá ser contra o vento ou perpendicular à sua direção (fogo de flanco). A estes requisitos, que garantem operações de queima seguras e sem impactos negativos no solo, correspondem humidades relativas do ar entre 55 e 75%, mais do que três dias desde a última chuva e DMC (o índice de humidade da manta morta do sistema FWI) inferior a 30.
 
Estudo, desenvolvido pelo GTF de Caminha sob orientação do Professor Paulo Fernandes, poderá ser consultado na integra no link abaixo.
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

"Rescaldo" do Alto Minho FIRECAMP

O Ciclo de Conferências subordinado ao tema: “A Mudança Climática e o Risco Potencial dos Grandes Incêndios Florestais. Estamos preparados?”, denominado por ALTO MINHO FIRECAMP, constituiu o Seminário Final da operação Protec|Georisk, co-financiada pelo ON.2 - O Novo Norte e promovida pela Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima.

 Esta iniciativa foi realizada no Centro de Apoio às Empresas, em Vila Nova de Cerveira, nos dias 14, 15 e 16 de Maio.
  
Neste Ciclo de Conferências pretendeu-se com sucesso debater e sensibilizar os agentes de proteção civil para a problemática do risco, no contexto das alterações climáticas, de maior incidência no Alto Minho: Os Incêndios Florestais.


Denominamos este seminário de “FIRECAMP” recorrendo ao conceito americano (EUA) para fazer alusão ao centro nevrálgico de decisão dos grandes incêndios florestais, onde se reúnem todos os recursos para o combate. Tal e qual, pretendeu-se com esta iniciativa única e pioneira no nosso país, de juntar sensibilidades e pontos de vista de todos aqueles envolvidos no planeamento, investigação, prevenção e combate aos incêndios florestais.

Durante três dias, cerca de 200 participantes por dia, ouviram, analisaram e debateram abertamente os mais diversos assuntos propostos e apresentados pelos cerca de 20 oradores que contribuíram de forma inequívoca para o êxito deste evento e comprovada pela elevada participação. Hoje fala-se do ALTO MINHO FIRECAMP para além do território nacional.



Este Ciclo de Conferências sobre Incêndios Florestais contou com um conjunto de técnicos e de apresentações de elevado nível e de incontestável qualidade: Eng.º François Binggeli (ESA Coimbra), Prof. Paulo Fernandes (UTAD), Prof. Domingos Xavier Viegas (ADAI), Prof. Domingo Molina Térren (Universidad de Lleida – Catalunha), Prog. José A. Veja Hidalgo (Centro de Investigación de Lourizán – Galiza), Prof. Rosa Planelles (Universidad Politecnica de Madrid), Engº Salvatore Cabiddu (Corpo Forestale e di Vigilanza Ambientale – Sardenha), Capitão 
Vitor Lima (GIPS-GNR), Engº Orlando Ormazabal (AFOCELCA), Engº Marc Castellnou (Unidad Técnica GRAF  - Bombeiros da Catalunha), Comandante José Ricardo Bismarck (ANPC), Engº Santiago Couceiro (NATUTECNÍA – Galiza), Dr.ª Ilda Novo (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), Eng,º Alonso Barreiro Filgueira (Consellería do Medio Rural e do Mar – Galiza), José Mamede Alonso (Escola Superior Agrária de Ponte de Lima - IPVC),  Eng.º Manuel Rainha (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), Eng.º Fernando Chico Zamora (Bombeiros de Madrid) e Engº Júlio Pereira (CIM Alto Minho).


Esta iniciativa permitiu uma nova abordagem sobre a problemática dos incêndios florestais e as alterações climáticas, tendo em conta em conta a necessidade de preparar o território para fazer  face a incêndios cada vez mais destrutivos. Em virtude desta nova visão, a CIM do Alto Minho apresentou a necessidade do estabelecimento de um protocolo de reciprocidade para o uso do fogo técnico, permitindo que os técnicos dos GTF’s possam futuramente trabalhar em equipas para acções de fogo controlado com vista à gestão de combustíveis pela criação de mosaicos, queimadas pastoris e de apoio à cinegética, controlo de espécies invasoras e à execução da rede primária distrital e
para a gestão de combustíveis em povoamentos de pinheiro-bravo e a intenção de constituição de uma plataforma de intercâmbio transnacional visando a troca de experiências, um melhor conhecimento do território face aos incêndios florestais, de modo a garantir uma maior prevenção e protecção do espaço florestal e das zonas de interface urbano-florestal.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Apresentação do Orador do FIRECAMP. Orlando Ormazabal

Orlando Ormazabal
  • Engenheiro Florestal pela Universidade do Chile
  • Diretor Executivo do Agrupamento Complementar de Empresas para la Proteção Contra Incêndios, AFOCELCA

Experiencia Profissional:

Trabalhou durante 25 anos (1977-2002), no sector privado do Chile, nas empresas do grupo Arauco, que detêm mais de 600.000 hectares de plantações florestais, e onde foi responsável pela criação, organização e direção dos sistemas de proteção contra incêndios florestais.

A partir do ano 1990 teve contacto com Portugal através das empresas de celulose para acompanhar o desenvolvimento da prevenção e combate a incêndios nas áreas das empresas.

Desde Junho de 2002 é Diretor Executivo do Agrupamento Complementar de Empresas para a Proteção Contra Incêndios, AFOCELCA, organização cuja responsabilidade é a proteção do património florestal das empresas do grupo Portucel Soporcel e da Altri Florestal, que ronda as 200.000 hectares de plantações.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Francisco Rego reage com estupefacção à notícia de suspensão do pagamento aos sapadores florestais afectos às autarquias


Apresentação do Orador do FIRECAMP. Manuel Rainha

Manuel Luís Costa Correia Rainha

  • Técnico Superior do Quadro do ICNF
  • Bacharelato em Gestão de Recursos Florestais (Instituto Politécnico de Bragança)
  • Licenciatura em Gestão de Projectos e do Espaço Rural (Instituto Politécnico de Bragança)
  • Pós-Graduação em Gestão de Proteção e Socorro (Universidade Moderna)

Principais Trabalhos:


Desde Janeiro 2011 é responsável pela gestão florestal no Perímetro Florestal da Serra da Freita e no Perímetro Florestal das Serras da Mó e Viso com acumulação de funções a partir de Janeiro de 2013 no Programa de Sapadores Florestais, componente de planeamento do serviço público.

Entre Outubro de 2008 e Dezembro de 2011 exerceu funções de Chefe de Divisão da Unidade de Gestão Florestal da Área Metropolitana do Porto e Entre Douro e Vouga.

De Janeiro de 2006 até Outubro de 2008 integrou a equipa técnica da Direcção de Serviços de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Direcção Geral das Florestas sendo ponto focal do Programa Nacional de Sapadores Florestais e co-responsável pelo planeamento da actividade operacional e logística das equipas do Grupo de Análise e Uso do Fogo. Integrou o Grupo Fogo Controlado (GeFoco) onde operacionalizou planos de fogo controlado e exerceu funções de formador para credenciação de técnicos florestais e equipas de sapadores florestais.

Entre Junho de 2004 e Dezembro de 2005, em regime de requisição, ingressa na Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais (APIF), com o objectivo de apoiar a constituição e efectuar o acompanhamento técnico dos Gabinetes Técnicos Florestais durante a elaboração dos Planos Municipais de Defesa da Floresta contra Incêndios. Representou a APIF no Sistema Nacional de Protecção Civil e integrou a equipa técnica responsável pela elaboração da Proposta Técnica do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, na componente Prevenção e Recuperação.

Entre Junho de 1995 e Maio 2004 exerceu actividade no Parque Natural de Montesinho nas componentes da gestão do risco de incêndio florestal participando na concepção e gestão de um sistema integrado de avaliação do risco/perigo de incêndio florestal e aferição do sistema canadiano de risco de incêndio – FWI para a área do Parque. Foi também responsável pela formação e gestão operacional das equipas de prevenção, detecção e apoio ao combate a incêndios florestais.

Entre Janeiro de 1993 e Junho de 1995 colaborou com empresas prestadoras de serviços no acompanhamento técnico da execução de projectos de recuperação de áreas degradadas e de controlo de invasoras lenhosas.

domingo, 5 de maio de 2013

Apresentação do Orador do FIRECAMP. Rosa Planelles González

ROSA Mª. PLANELLES GONZÁLEZ
Engenheira Florestal Doutorada pela Universidad Politécnica de Madrid.
Pós-graduação sobre gestão florestal, incêdios florestais, avaliação de danos e biologia de solos.

Formação complementar em áreas de aprendizagem cooperativo, liderança e técnicas de comunicação.

Docente de Defesa Florestal e Incêndios Florestais na formação académica de Engenharia da Universidad Politécnica de Madrid.

Directora da EIMFOR - Entrenamiento e Información Forestal, S.L., consultora florestal especializada na defesa da floresta, incêndios florestais e educação ambiental (www.eimfor.com).

Docente em numerosos cursos sobre incêndios florestais, viveiros e repovoamentos. Direcção e co-direcção de 17 projectos de final de curso superior, defendidos e aprovados na Universidad Politécnica de Madrid.

Em Portugal foi formadora do Curso de Análise de Incêndios e de Fogo de Supressão, realizado no Porto, em 2012.

Projectos de investigação:

Desde 2008 até hoje, tem participado em projectos de investigação em temas relacionados com os incêndios florestais e alterações climáticas:
  • BIOENERGY & FIRE PREVENTION,  contribuição da biomassa florestal gerada na prevenção de incêndios florestais na estratégia energética da U.E., do programa LIFE +.
  • RECLAND. MSc Programme in Climate Change and Restoration of Degraded Land. 
  • FIRESMART “Forest and Land Management Options to prevent Unwanted Forest Fires”
  • MATEFL, “Master of Science in Technology‐enhanced Forest Fire Fighting Learning” 
  • VULCANO, metodologia de avaliação e gestão de riscos de incêndios e conflitos de uso partilhado entre linhas eléctricas e ferroviárias e meio envolvente.
Em 2007 iniciou uma linha de trabalho (vigente na actualidad) com a Universidad de Santiago del Estero (Argentina), financiada pela UPM e pela  AECI (Agencia Española de Cooperación Internacional), para estudar a qualidade edáfica de sistemas silvopastoris sustentáveis para a Región Chaqueña, na Argentina.

Entre os anos 1995 e 2004, Técnico Superior investigador participante em cinco projectos no Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria (INIA), relacionados com a qualidade da planta e o restauro da cobertura vegetal através de repovoamento em condições estacionais muito rigorosas (Sudeste espanhol).

É autora de 15 publicações em revistas científicas de impacto e várias em revistas de divulgação.

Participou em 23 congressos com a apresentação de 12 comunicações orais e 13 pósteres.

Participou como assessora técnica na elaboração de conteúdos audiovisuais para vídeos divulgativos relacionados com a defesa contra incêndios florestais.

domingo, 28 de abril de 2013

Apresentação do Orador do FIRECAMP. Vitor Lima

Vitor Hugo Machado Lima

Capitão de Infantaria
Comandante da 1ª Companhia de Intervenção Proteção e Socorro do GIPS
  • Distritos Coimbra e Leiria
Comandante do Subagrupamento de Montanha do GIPS
  • Serra da Estrela
Comandante da 4ª Companhia de Intervenção Proteção e Socorro do GIPS
  • Distritos de Viana do Castelo
Comandante do Centro de Meio Aéreo de Ribeira de Pena
Comandante de Pelotão Operacional na MSU – Iraque
Comandante de Pelotão de Manutenção de Ordem Pública

Formação Académica
Pós Graduação em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito da UNL
Licenciatura em Ciências Militares Especialidade GNR Armas pela Academia Militar

Formação Profissional
Curso Complementar de Operações de Socorro
2012 Associação Nacional dos Alistados das Formações Sanitárias
Curso de Busca e Resgate de Montanha
2009 GNR
Curso Práticas de Recuperador de Grua Helitransportada
2009 Guardia Civil - Espanha
Curso de Chefe de Brigada Helitransportada de Combate a Incêndios Florestais
2006 Escola Nacional de Bombeiros 
Curso de Manutenção de Ordem Publica
2002 GNR
Curso Técnico Especialista de Inativação Engenhos Explosivos Improvisados
2001 GNR

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Governo aprova reestruturação da Protecção Civil e reduz cargos dirigentes

Fonte: Jornal Público * Maria Lopes
26/04/2013 - 18:18

Alteração orgânica reduz cargos dirigentes de 85 para 73 e poupa 13% nos custos com a estrutura.

O Governo aprovou o desenho final do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS), reduzindo de 85 para 73 o número de cargos dirigentes, e alterou a estrutura orgânica da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), criando cinco regiões supradistritais que passam a coordenar as acções de socorro.

“A redução dos cargos dirigentes traduz-se numa poupança de pouco mais de 13% dos custos com as estruturas da ANPC e é acompanhada por uma reorganização do sistema operacional, que passa da base puramente distrital para uma base supradistrital”, anunciou o ministro da Administração Interna no final da reunião do Conselho de Ministros. Também sai reforçado o CNOS – Comando Nacional de Operações de Socorro.

São ainda criados cinco agrupamentos distritais (Norte, Centro Norte, Centro Sul, Sul e Algarve), não sendo, porém, eliminadas as actuais estruturas. Mas serão significativamente reduzidas, disse Miguel Macedo. Este é um figurino “mais ajustado à realidade territorial e facilitador de uma operacionalidade mais eficiente”, descreve o Governo em comunicado. O ministro realçou que as alterações foram aprovadas pela ANPC, onde está representada a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“Uma parte da nova estrutura dos cinco novos agrupamentos terá de ter um comando operacional [novo], que não significa que não possa ser algum dos que estão hoje em cada distrito”, afirmou Miguel Macedo, acrescentando que “a estrutura que vai passar a existir é muito menor do que a de hoje”.

O ministro, por seu turno, não se cansou de argumentar que assim se consegue, de forma mais expedita, fazer a “triangulação e o balanceamento de meios entre distritos contíguos”, que já hoje se faz em muitos casos, mas que é preciso tornar claro na lei.

Ainda no âmbito da ANPC é extinta a Empresa de Meios Aéreos (EMA), sendo criada, no seu lugar, a Direcção Nacional de Meios Aéreos, que integra as competências da EMA.

Miguel Macedo disse ainda que a nova organização implica também um “reforço das condições de fiscalização dos meios financeiros e operacionais tanto relativamente aos bombeiros como a outras entidades” relacionadas com a protecção e o socorro.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Programa informático junta Portugal e Espanha no combate aos fogos

Smartphones, geolocalização e realidade aumentada são algumas das tecnologias usadas na plataforma que Portugal e Espanha estão a desenvolver, para melhorar a eficácia no combate a incêndios florestais.


Programa informático junta Portugal e Espanha no combate aos fogos Smartphones, geolocalização e realidade aumentada são algumas das tecnologias usadas na plataforma que Portugal e Espanha estão a desenvolver, para melhorar a eficácia no combate a incêndios. O Instituto Politécnico de Portalegre, através da Escola Superior Agrária de Elvas, é a entidade parceira para Portugal deste projeto denominado SATFOR, cujo investimento ronda os 820 mil euros, comparticipados em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

O projeto assenta na criação de uma plataforma de simulação virtual de incêndios florestais para a formação de bombeiros, que também funciona como uma ferramenta de gestão para os meios de extinção, suportada por software informático.



Como resultados esperam-se a otimização da troca de informações úteis entre os envolvidos no trabalho de extinção e o inter-relacionamento das ações reais de extinção de incêndios, dos modelos de propagação e da simulação virtual, referem os promotores do projeto.

Na prática o SATFOR já conta com várias ferramentas que o sustentam, como o simulador de formação, um visualizador para a gestão e monitorização de meios e uma aplicação com realidade aumentada. Os telemóveis com GPS e câmaras e os tablets também vão ser recursos utilizáveis nesta solução.


Em declarações recentes à Lusa, a investigadora e coordenadora do projeto Susana Dias explicou que a aplicação no terreno do SATFOR será feita em Espanha, mas que a utilização futura por parte da Proteção Civil Portuguesa não está excluída.

Esta quarta-feira a plataforma e as tecnologias e aplicações que a sustentam foram testadas pela primeira vez no terreno, num simulacro transfronteiriço de um incêndio florestal, distribuído por uma área de aproximadamente 940 hectares, entre Marvão e Valência de Alcántara, atravessando áreas populacionais e agrícolas.

FONTE: Publicado por Casa dos Bits

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