quarta-feira, 29 de maio de 2013

Verão 2013, esclarecimento

Na sequência da notícia veiculada hoje, 28 de maio de 2013, nos meios de comunicação social nacionais e internacionais de que o “Verão de 2013 será o mais frio dos últimos 200 anos na Europa Ocidental”, o IPMA esclarece que não tem conhecimento do fundamento técnico científico, suporte desta afirmação.
A previsão sazonal que o IPMA disponibiliza mensalmente em:

http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.longo.prazo/

resulta de 4 sistemas de previsão acoplados: três europeus - ECMWF, Met Office, Météo-France - e um norte americano - NCEP. Estes modelos estão sujeitos às mesmas condições de integração, sendo os parâmetros estatísticos obtidos face a um período de referência comum de 20 anos (1991-2010). Esta previsão tem um alcance de meio ano, apresentando cenários na forma de anomalias de temperatura e precipitação para conjuntos de 3 meses.

A previsão mais recente disponibilizada pelo IPMA, para o trimestre junho, julho e agosto, sugere um cenário para Portugal Continental em que a probabilidade da temperatura média ser inferior ao normal é de 40 a 60%, com uma anomalia negativa entre -0.5 e -0.2 °C. A probabilidade da temperatura média neste período ser inferior ao percentil 20 é de 30 a 40%.
Nas latitudes médias, em que Portugal se encontra, a previsão sazonal apresenta ainda um baixo grau de confiança, quando comparada com as latitudes tropicais, onde o grau de confiança é maior. Por este motivo, a previsão sazonal deve ser analisada com reservas.


MAIS INFORMAÇÃO SOBRE PREVISÕES ESTACIONAIS: CLIQUE AQUI!


segunda-feira, 27 de maio de 2013

APRESENTAÇÕES DO FIRECAMP (PDF)


DIA 14 MAIO - 3ª FEIRA


PAINEL I - O Papel da Administração Pública na Prevenção e Extinção de Incêndios Florestais

Análise de Riscos no Alto Minho, principais resultados e oportunidades. Joaquim Mamede Alonso, ESA - IPVC
As políticas intermunicipais de gestão de riscos do Alto Minho". Júlio Pereira, Secretário-Executivo da CIM – Alto Minho

A atividade intermunicipal na Defesa da Floresta Contra Incêndios - a experiência da região da Sardenha. Salvatore Cabbidu, Corpo Forestale e di Vigilanza Ambientale
 “A experiência da Galiza na Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. PLADIGA 2013. Alonso Barreiro Filgueira, Secretaría Xeral do Medio Rural e Montes, Consellería do Medio Rural e do Mar Xunta de Galicia


PAINEL II - Dispositivo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais

Avaliação do Programa de Sapadores Florestais. Manuel Rainha, ICNF
A importância do papel das Equipas de Prevenção Integrada de Incêndios Florestais (EPRIF) e das equipas de combate helitransportadas na Galiza. Santiago Couceiro López. Diretor de C. NATUTECNIA S.L.
A importância da formação especializada dos bombeiros voluntários em matéria de incêndios florestais vs a necessidade de profissionalização. José Ricardo Bismarck, 2º CODIS de Aveiro, ANPC

A avaliação do papel da primeira intervenção do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana.  Vítor Hugo Machado Lima, Capitão da GNR
A formação e a intervenção das equipas da AFOCELCA nos incêndios florestais. Avaliação dos Resultados de Intervenção. Orlando Ormazabal, Diretor Executivo da AFOCELCA.


DIA 15 MAIO - 4ª FEIRA
 

PAINEL III - A Meteorologia, a Mudança Climática e os Incêndios Florestais


O papel da Meteorologia na Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Ilda Novo, Instituto Português do Mar e da Atmosfera
A alteração climática e o surgimento dos Grandes Incêndios Florestais na Península Ibérica. Como atuar preventivamente?. Rosa Planelles, Universidade Politécnica de Madrid
Comportamento Extremo do Fogo: Interpretação e Segurança. Domingos Xavier Filomeno Carlos Viegas, Universidade de Coimbra“As gerações de incêndios e análise da estratégia de extinção”. Marc Castellnou, Analista-chefe do GRAF - Bombeiros da Catalunha, Generalitat da Catalunha. (ainda não se encontra disponível)

PAINEL IV - O Fogo como uma ferramenta na Prevenção e no Combate

A necessidade de uma Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível e as alternativas de prevenção infraestrutural. Paulo Fernandes, Laboratório de Fogos Florestais – UTAD.
 A importância do fogo controlado como ferramenta para a gestão de combustíveis. José A. Veja Hidalgo, Centro de Investigacións Forestais e Ambientais de Lourizán, Xunta de Galicia
Campbell Prediction System – uma linguagem para combatentes. Domingo Molina Terrén. Unidade de Fogos Florestais, Universidade de Lleida.
A importância do papel do documentalista e analista de incêndios florestais. Fernando Chico Zamora, Chefe da Unidade de Análise e Planificação de Incêndios Florestais, Bombeiros de Madrid
O fogo como ferramenta formativa e o fogo como recurso no combate aos incêndios florestais. François Binggeli, Espaces Méditerranées (já se encontra disponível)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Caraterização do comportamento do fogo e definição da prescrição de fogo controlado em matos de Ulex europaeus no NW português

O NW de Portugal apresenta uma das mais elevadas incidências de fogos florestais na Europa, favorecida pela elevada produtividade vegetal que o clima de influência atlântica permite e pela ocupação do território por tipos de vegetação de elevada combustibilidade, como os matos de tojo arnal (Ulex europaeus).
 
O estudo baseou-se em recolha de informação relativa ao U. europaeus como um combustível e à sua relação com o fogo, queimas controladas efetuadas no distrito de Viana do Castelo, e análise de incêndios selecionados, com o objectivo de caraterizar a variação do comportamento do fogo em condições de perigo meteorológico reduzido a moderado e definir uma janela de prescrição para o fogo controlado.
 
Os tojais no NW português caraterizam-se pela acumulação rápida de cargas elevadas de combustível total e fino, com um rácio de combustível morto/vivo elevado e porte considerável, o que potencia fogos de grande intensidade mesmo em condições meteorológicas de perigo moderado. Tal recomenda intervenções de gestão do combustível em tojais com idade pós-fogo inferior a 6 anos, que geralmente correspondem a alturas inferiores a 1m.
 
Considerando as elevadas cargas de combustível morto fino, o seu teor de humidade tem um papel muito importante na regulação da intensidade do fogo. Considerando que são desejáveis velocidades de propagação e intensidades da frente de chama reduzidas (respetivamente  0,5-1 m/min e 400-1000 kW/m), a condução do fogo em tojal deverá ser contra o vento ou perpendicular à sua direção (fogo de flanco). A estes requisitos, que garantem operações de queima seguras e sem impactos negativos no solo, correspondem humidades relativas do ar entre 55 e 75%, mais do que três dias desde a última chuva e DMC (o índice de humidade da manta morta do sistema FWI) inferior a 30.
 
Estudo, desenvolvido pelo GTF de Caminha sob orientação do Professor Paulo Fernandes, poderá ser consultado na integra no link abaixo.
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

"Rescaldo" do Alto Minho FIRECAMP

O Ciclo de Conferências subordinado ao tema: “A Mudança Climática e o Risco Potencial dos Grandes Incêndios Florestais. Estamos preparados?”, denominado por ALTO MINHO FIRECAMP, constituiu o Seminário Final da operação Protec|Georisk, co-financiada pelo ON.2 - O Novo Norte e promovida pela Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima.

 Esta iniciativa foi realizada no Centro de Apoio às Empresas, em Vila Nova de Cerveira, nos dias 14, 15 e 16 de Maio.
  
Neste Ciclo de Conferências pretendeu-se com sucesso debater e sensibilizar os agentes de proteção civil para a problemática do risco, no contexto das alterações climáticas, de maior incidência no Alto Minho: Os Incêndios Florestais.


Denominamos este seminário de “FIRECAMP” recorrendo ao conceito americano (EUA) para fazer alusão ao centro nevrálgico de decisão dos grandes incêndios florestais, onde se reúnem todos os recursos para o combate. Tal e qual, pretendeu-se com esta iniciativa única e pioneira no nosso país, de juntar sensibilidades e pontos de vista de todos aqueles envolvidos no planeamento, investigação, prevenção e combate aos incêndios florestais.

Durante três dias, cerca de 200 participantes por dia, ouviram, analisaram e debateram abertamente os mais diversos assuntos propostos e apresentados pelos cerca de 20 oradores que contribuíram de forma inequívoca para o êxito deste evento e comprovada pela elevada participação. Hoje fala-se do ALTO MINHO FIRECAMP para além do território nacional.



Este Ciclo de Conferências sobre Incêndios Florestais contou com um conjunto de técnicos e de apresentações de elevado nível e de incontestável qualidade: Eng.º François Binggeli (ESA Coimbra), Prof. Paulo Fernandes (UTAD), Prof. Domingos Xavier Viegas (ADAI), Prof. Domingo Molina Térren (Universidad de Lleida – Catalunha), Prog. José A. Veja Hidalgo (Centro de Investigación de Lourizán – Galiza), Prof. Rosa Planelles (Universidad Politecnica de Madrid), Engº Salvatore Cabiddu (Corpo Forestale e di Vigilanza Ambientale – Sardenha), Capitão 
Vitor Lima (GIPS-GNR), Engº Orlando Ormazabal (AFOCELCA), Engº Marc Castellnou (Unidad Técnica GRAF  - Bombeiros da Catalunha), Comandante José Ricardo Bismarck (ANPC), Engº Santiago Couceiro (NATUTECNÍA – Galiza), Dr.ª Ilda Novo (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), Eng,º Alonso Barreiro Filgueira (Consellería do Medio Rural e do Mar – Galiza), José Mamede Alonso (Escola Superior Agrária de Ponte de Lima - IPVC),  Eng.º Manuel Rainha (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), Eng.º Fernando Chico Zamora (Bombeiros de Madrid) e Engº Júlio Pereira (CIM Alto Minho).


Esta iniciativa permitiu uma nova abordagem sobre a problemática dos incêndios florestais e as alterações climáticas, tendo em conta em conta a necessidade de preparar o território para fazer  face a incêndios cada vez mais destrutivos. Em virtude desta nova visão, a CIM do Alto Minho apresentou a necessidade do estabelecimento de um protocolo de reciprocidade para o uso do fogo técnico, permitindo que os técnicos dos GTF’s possam futuramente trabalhar em equipas para acções de fogo controlado com vista à gestão de combustíveis pela criação de mosaicos, queimadas pastoris e de apoio à cinegética, controlo de espécies invasoras e à execução da rede primária distrital e
para a gestão de combustíveis em povoamentos de pinheiro-bravo e a intenção de constituição de uma plataforma de intercâmbio transnacional visando a troca de experiências, um melhor conhecimento do território face aos incêndios florestais, de modo a garantir uma maior prevenção e protecção do espaço florestal e das zonas de interface urbano-florestal.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Apresentação do Orador do FIRECAMP. Orlando Ormazabal

Orlando Ormazabal
  • Engenheiro Florestal pela Universidade do Chile
  • Diretor Executivo do Agrupamento Complementar de Empresas para la Proteção Contra Incêndios, AFOCELCA

Experiencia Profissional:

Trabalhou durante 25 anos (1977-2002), no sector privado do Chile, nas empresas do grupo Arauco, que detêm mais de 600.000 hectares de plantações florestais, e onde foi responsável pela criação, organização e direção dos sistemas de proteção contra incêndios florestais.

A partir do ano 1990 teve contacto com Portugal através das empresas de celulose para acompanhar o desenvolvimento da prevenção e combate a incêndios nas áreas das empresas.

Desde Junho de 2002 é Diretor Executivo do Agrupamento Complementar de Empresas para a Proteção Contra Incêndios, AFOCELCA, organização cuja responsabilidade é a proteção do património florestal das empresas do grupo Portucel Soporcel e da Altri Florestal, que ronda as 200.000 hectares de plantações.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Francisco Rego reage com estupefacção à notícia de suspensão do pagamento aos sapadores florestais afectos às autarquias


Apresentação do Orador do FIRECAMP. Manuel Rainha

Manuel Luís Costa Correia Rainha

  • Técnico Superior do Quadro do ICNF
  • Bacharelato em Gestão de Recursos Florestais (Instituto Politécnico de Bragança)
  • Licenciatura em Gestão de Projectos e do Espaço Rural (Instituto Politécnico de Bragança)
  • Pós-Graduação em Gestão de Proteção e Socorro (Universidade Moderna)

Principais Trabalhos:


Desde Janeiro 2011 é responsável pela gestão florestal no Perímetro Florestal da Serra da Freita e no Perímetro Florestal das Serras da Mó e Viso com acumulação de funções a partir de Janeiro de 2013 no Programa de Sapadores Florestais, componente de planeamento do serviço público.

Entre Outubro de 2008 e Dezembro de 2011 exerceu funções de Chefe de Divisão da Unidade de Gestão Florestal da Área Metropolitana do Porto e Entre Douro e Vouga.

De Janeiro de 2006 até Outubro de 2008 integrou a equipa técnica da Direcção de Serviços de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Direcção Geral das Florestas sendo ponto focal do Programa Nacional de Sapadores Florestais e co-responsável pelo planeamento da actividade operacional e logística das equipas do Grupo de Análise e Uso do Fogo. Integrou o Grupo Fogo Controlado (GeFoco) onde operacionalizou planos de fogo controlado e exerceu funções de formador para credenciação de técnicos florestais e equipas de sapadores florestais.

Entre Junho de 2004 e Dezembro de 2005, em regime de requisição, ingressa na Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais (APIF), com o objectivo de apoiar a constituição e efectuar o acompanhamento técnico dos Gabinetes Técnicos Florestais durante a elaboração dos Planos Municipais de Defesa da Floresta contra Incêndios. Representou a APIF no Sistema Nacional de Protecção Civil e integrou a equipa técnica responsável pela elaboração da Proposta Técnica do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, na componente Prevenção e Recuperação.

Entre Junho de 1995 e Maio 2004 exerceu actividade no Parque Natural de Montesinho nas componentes da gestão do risco de incêndio florestal participando na concepção e gestão de um sistema integrado de avaliação do risco/perigo de incêndio florestal e aferição do sistema canadiano de risco de incêndio – FWI para a área do Parque. Foi também responsável pela formação e gestão operacional das equipas de prevenção, detecção e apoio ao combate a incêndios florestais.

Entre Janeiro de 1993 e Junho de 1995 colaborou com empresas prestadoras de serviços no acompanhamento técnico da execução de projectos de recuperação de áreas degradadas e de controlo de invasoras lenhosas.

domingo, 5 de maio de 2013

Apresentação do Orador do FIRECAMP. Rosa Planelles González

ROSA Mª. PLANELLES GONZÁLEZ
Engenheira Florestal Doutorada pela Universidad Politécnica de Madrid.
Pós-graduação sobre gestão florestal, incêdios florestais, avaliação de danos e biologia de solos.

Formação complementar em áreas de aprendizagem cooperativo, liderança e técnicas de comunicação.

Docente de Defesa Florestal e Incêndios Florestais na formação académica de Engenharia da Universidad Politécnica de Madrid.

Directora da EIMFOR - Entrenamiento e Información Forestal, S.L., consultora florestal especializada na defesa da floresta, incêndios florestais e educação ambiental (www.eimfor.com).

Docente em numerosos cursos sobre incêndios florestais, viveiros e repovoamentos. Direcção e co-direcção de 17 projectos de final de curso superior, defendidos e aprovados na Universidad Politécnica de Madrid.

Em Portugal foi formadora do Curso de Análise de Incêndios e de Fogo de Supressão, realizado no Porto, em 2012.

Projectos de investigação:

Desde 2008 até hoje, tem participado em projectos de investigação em temas relacionados com os incêndios florestais e alterações climáticas:
  • BIOENERGY & FIRE PREVENTION,  contribuição da biomassa florestal gerada na prevenção de incêndios florestais na estratégia energética da U.E., do programa LIFE +.
  • RECLAND. MSc Programme in Climate Change and Restoration of Degraded Land. 
  • FIRESMART “Forest and Land Management Options to prevent Unwanted Forest Fires”
  • MATEFL, “Master of Science in Technology‐enhanced Forest Fire Fighting Learning” 
  • VULCANO, metodologia de avaliação e gestão de riscos de incêndios e conflitos de uso partilhado entre linhas eléctricas e ferroviárias e meio envolvente.
Em 2007 iniciou uma linha de trabalho (vigente na actualidad) com a Universidad de Santiago del Estero (Argentina), financiada pela UPM e pela  AECI (Agencia Española de Cooperación Internacional), para estudar a qualidade edáfica de sistemas silvopastoris sustentáveis para a Región Chaqueña, na Argentina.

Entre os anos 1995 e 2004, Técnico Superior investigador participante em cinco projectos no Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria (INIA), relacionados com a qualidade da planta e o restauro da cobertura vegetal através de repovoamento em condições estacionais muito rigorosas (Sudeste espanhol).

É autora de 15 publicações em revistas científicas de impacto e várias em revistas de divulgação.

Participou em 23 congressos com a apresentação de 12 comunicações orais e 13 pósteres.

Participou como assessora técnica na elaboração de conteúdos audiovisuais para vídeos divulgativos relacionados com a defesa contra incêndios florestais.

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